outubro 27, 2011

BIODIVERSIDADE


Do ponto de vista da paisagem a biodiversidade é fundamental para assegurar a preservação dos sistemas vivos, quer estes resultem das condições naturais dos lugares quer resultem das actividades humanas/dos sistemas produtivos. E a título de exemplo, lembro as comunidades de cegonha (Ciconia spp) que estão associadas às zonas de cultivo de arroz (Coimbra, Coruche) ou aos campos abertos e várzeas que lhe garante alimento.
É um parâmetro sobretudo qualitativo e não quantitativo. Pretende garantir a riqueza biológica dos vários ecossistemas existentes para que estes se mantenham estáveis e em equilíbrio, respeitando impreterivelmente as suas dinâmicas e circulações de fluxos (inputs energéticos, migrações, ciclos vegetativos, maior ou menor grau de dependência do Homem, presença de água, etc.). Desde a fauna microbiana do solo ao grande carnívoro - Homem, da flora autóctone às comunidades de exóticas, da influência de factores (bio)físicos aos climatéricos, entre outros componentes ambientais e humanos, interessa a salvaguarda do conjunto.

Quando Araújo, M. (1998), no seu texto “Avaliação da biodiversidade em conservação” expõe as várias metodologias e perspectivas segundo as várias especialidades/áreas de actuação, parece-me óbvio a aparente falta de consenso dado que as perspectivas se inserem em diferentes escalas de actuação. Contudo, penso que todas elas concorrem para o interesse da preservação das espécies, ainda que seja por razões da sua raridade, representatividade, variabilidade genética e/ou outras existências causais com o meio, por exemplo.

A meu ver, interessa que sobressaia o valor da biodiversidade para o equilíbrio global do nosso planeta, perspectiva que Lovejoy (1996) nos presenteia de forma integrada.

Bibliografia:
Araújo, M. (1998), Avaliação da biodiversidade em Conservação, Silva Lusitana 6(1). 19-40 EFN, Lisboa, Portugal
Lovejoy, T.E. (1996), Biodiversity: what it is?, in Biodiversity II, Cap.2, pp. 7-14, (ed desconhecido)

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